Arquivo março 2011

MySQL – Backup e Restore

Tarefas como backup e restore de bancos de dados MySQL são extremamente úteis no dia-dia dos administradores de sistemas, seja qual for o motivo, como migração de servidores, migração de bases de dados ou diversos outros motivos. Abaixo descrevemos um exemplo simples e funcional do backup de uma base de dados  MySQL utilizando o comando mysqldump:

user@host:~$ mysqldump -h 192.168.1.20 -P 3306 -u teste --databases teste -p > /tmp/teste.sql

Com o comando mysqldump, primeiramente dizemos com a opção -h o host que queremos efetuar backup, se fosse nossa máquina local logicamente trataríamos como local host. Em seguida com a opção -P, informamos ao mysqldump qual a porta de comunicação deve ser utilizada, com a opção -u, é informado o nome de usuário com permissão a base de dados, com o parâmetro –databases é informado o nome da base de dados e finalmente com a opção -p solicitamos ao mysqldump que exiba o prompt de senha, solictando a senha do usuário. Finalizando ao final da linha de comandos redirecionamos a saída para o arquivo /tmp/teste.sql, este arquivo conterá o backup de toda a base de dados.

O restore de uma base de dados MySQL também é uma tarefa simples, bastando efetuar a linha de comandos abaixo utilizando o comando mysql informando a senha do usuário com acesso ao banco de dados e o arquivo de backup:

user@host:~$ mysql -h 192.168.1.20 -P 3306 -u teste < /tmp/teste.sql -p

Na linha de comandos acima, utilizamos algumas opções já conhecidas do mysqldump, após sua execução o banco de dados teste estará restaurado.

 

Comando df, analisando espaço em disco

Um dos comandos mais importantes para administradores de sistemas Linux é o comando df, com ele podemos analisar o espaço em discos e partições. Abaixo temos um exemplo de utilização do comando df sendo executados sem argumentos:

host:~# df
Sist. Arq.           1K-blocos      Usad Dispon.   Uso% Montado em
/dev/sda2             28834744   9757724  17612296  36% /
tmpfs                   513140         0    513140   0% /lib/init/rw
udev                    508860       212    508648   1% /dev
tmpfs                   513140         0    513140   0% /dev/shm
/dev/sda3             47596776  36389456   8789540  81% /home

Como podemos visualizar no exemplo acima, a primeira coluna exibe device utilizado, no caaso o disco rígido primário, secundário, área de troca (swap) ou dispositivo montado, como um pen-drive  ou um cartão de memória, na seunda coluna é exibido o tamanho do disco ou partição, na terceira coluna é possível visualizar a quantidadae  de espaço utilizado, na quarta coluna a quantidade de espaço disponível, na quinta coluna o percentual utilizado e finalmente na última coluna o ponto de montagem.

Embora o resultado do comando df no exemplo acima tenha nos dado muitas informações, as mesmas estão em formatos de bytes, porém podemos tomar a leitura mais fácil, para isso basta utilizar as opções -k ou –kilobytes para a exibição do resultdo em bytes, ou -m ou –megabytes para exibição do resultado em megabytes:

host:~# df -m
Sist. Arq.           1M-blocos      Usad Dispon.   Uso% Montado em
/dev/sda2                28159      9530     17200  36% /
tmpfs                      502         0       502   0% /lib/init/rw
udev                       497         1       497   1% /dev
tmpfs                      502         0       502   0% /dev/shm
/dev/sda3                46482     35537      8584  81% /home

Acima utilizamos o comando df com a opção -m, porém podemos melhorar a visualização dos resultados mais ainda com a opção -h ou –human-readable, que como o nome já diz facilita a leitura humana, convertendo o resultado para o formato mais conveniente como mega, giga, tera, etc:

host:~# df -h
Sist. Arq.            Size  Used Avail Use% Montado em
/dev/sda2              28G  9,4G   17G  36% /
tmpfs                 502M     0  502M   0% /lib/init/rw
udev                  497M  212K  497M   1% /dev
tmpfs                 502M     0  502M   0% /dev/shm
/dev/sda3              46G   35G  8,4G  81% /home

Com os exemplos anteriores, é possível ter um total gerenciamento do espaço em disco com o comando df. Em caso de servidores que possuem compartilhamentos de redes montados como por exemplo NFS ou SMB, é possível exibir somente pontos de montagem locais adicionando a opção -l ou –local:

host:~# df -h -l -T
Sist. Arq.    Tipo    Size  Used Avail Use% Montado em
/dev/sda2     ext3     28G  9,4G   17G  36% /
tmpfs        tmpfs    502M     0  502M   0% /lib/init/rw
udev         tmpfs    497M  212K  497M   1% /dev
tmpfs        tmpfs    502M     0  502M   0% /dev/shm
/dev/sda3     ext3     46G   35G  8,4G  81% /home

Além das opções já conhecidas, no exemplo acima utilizamos a opção -T ou –print-type, que adicionou a coluna com o tipo do sistema de arquivos, no caso a segunda coluna. de possa da informação apresentada na segunda coluna, podemos incrementar ainda mais a saída do comando df com a opção -t ou –type, especificando o tipo de sistema de arquvos no qual desejamos obter informações:

host:~# df -h -l -T -t ext3
Sist. Arq.    Tipo    Size  Used Avail Use% Montado em
/dev/sda2     ext3     28G  9,4G   17G  36% /
/dev/sda3     ext3     46G   35G  8,4G  81% /home

No exemplo acima, foi expecificado o tipo de sistema de arquivos ext3, com isso o resultado foi somente o sistema de arquivos especificado. O comando df é esencial na resolução de problemas no dia-dia,  portanto dominar suas opções e entender seus conceitos é fundamental para qualquer administrador de sistemas Linux.

 

 

As versões do Debian GNU Linux

O sistema operacional Debian GNU Linux, é bem conhecido por sua estabilidade e qualidade, porém iniciantes muitas vezes ficam em dúvida sobre qual versão baixar. Stable, Testing, Unstable? E agora? o que fazer? Aqui veremos instruções detalhadas sobre cada uma das distribuições do Debian para que você faça melhor utilização do seu sistema operacional. Iniciaremos nosso estudo falando primeiramente da distribuição Stable em seguida passando pela Testing e logo mais a Unstable. As versões do Debian são nomeadas por personagens do Filme Toy Story, atualmente na data em que este artigo é escrito temos a versão Stable com nome Squeeze, a versão Testing com Nome Wheezy e a versão Unstable, que sempre se chama Sid, esta nunca muda seu nome, veremos abaixo mais informações sobre cada uma delas.

Stable

Versão estável do sistema operacional Debian GNU/Linux, ou seja esta versão foi extressadamente testada em busca de bugs e qualquer outro tipo de falhas no sistema. Ou seja, um pacote para fazer parte da distribuição Stable é primeiramente stressado com testes de funcionamento e estabilidade, em que são efetuadas também análises e se o mesmo não conflita com nenhum outro pacote ou biblioteca do sistema. É uma  versão altamente recomendada para utilização em servidores e aplicações que necessitam do máximo de confiabilidade. O ciclo de uma versão Stable do Debian dura de dois a três anos ao acabar este a versão é chamada de Old Stable. Atualmente a versão Stable do Debian possui o nome Squeeze, e pode ser baixada aqui.

Testing

Versão onde são encontradas as versões mais recentes de software, esta versão é mais indicada para utilização em Desktops, onde o usuário final geralmente prefere utilizar softwares mais recentes. O nome Testing pode assuntar muita gente, porém os pacotes que estão nesta distribuição estão sendo testados, onde raramente são encontrados problemas de travamentos ou instabilidade, isso graças a dedicação dos times de desenvolvimento e testes do projeto Debian. Ao utilizar a distribuição Testing, após sua instalação e utilização no dia dia muitos updates aparecerão durante os dias, o que é normal se tratando de uma distribuição que possui muitos pacotes sendo testados. Muitos dos problemas de detecção de hardware também podem ser resolvidos instalando a versão Testing, uma vez em que a mesma possui um kernel mais recente. Atualmente a distribuição Testing encontra-se com o nome Wheezy, as images são geradas semanalmente e podem ser baixadas aqui.

Unstable

A versão Testing do Debian GNU/Linux sempre é mantida com o nome Sid, a mesma não é recomendada para utilização em produção. Seu uso geralmente é utilizado pela equipe de testes do projeto Debian, desenvolvedores ou pessoas que simplismente querem se aventurar ou efetuar testes. Ou seja, a mesma deve ser utilizada por usuários ou desenvolvedores avançados e com boa vivência no sistema operacional. A grande maioria dos trabalhos de desenvolvimento do Debian são enviados para esta distribuição e suas mudanças muitas vezes podem ser drásticas se tratando de uma distribuição experimental, a mesma não é disponível para download , apenas atualização da distribuição Testing via apt-get ou aptitude, seus updates de segurança não são gerenciados pelo time de segurança do Debian, maiores informações sobre a distribuição Unstable pode ser visualizadas aqui.

Debian – Alertas de Segurança

O projeto Debian leva muito a sério a questão de segurança em seus pacotes de software e o próprio sistema operacional, em sua página oficial que trata sobre alertas de segurança, é possível obter informações de como manter seu sistema seguramente atualizado e ainda consultar o relatório de segurança do Debian, o famoso DSA (Debian Security Alert). Além da página no site oficial, é possível se inscrever nas listas de discussão em diversos idiomas através da lista debian-security-announce.